Não.
Não é um copo de
cerveja, é um copo de café.
Atualmente a minha
natureza está tão centrada, que nem para o copo de cerveja eu tenho
olhado.
Estou como gaiola
vazia, como trapo de mendigo.
Copo sem nada, prato
usado na hora do almoço.
Vestido, que está no
cesto de roupa suja para ser lavado.
Estou como a placenta,
depois que o filho nasce.
Estou como os objetos
após o seu uso.
É só neste momento,
que o objeto ao contrário do que imaginaríamos e sentenciaríamos
ganha o seu real valor, porque ele se pôs ao uso e cumpriu o seu
propósito.
Pela primeira vez me
sinto zerada.
Esse contato com oque
sou, encontrando-me no marco zero, torna evidente minha imagem
refletida no espelho, sinto o impulso energético que me conduz a
ilha da solidão, onde habitam as duzentas “ampulhetas” que
gritam e me chamam e me rasgam por dentro, mas que me constituem
inteira.
Soninha Ampulheta.
Imagem: Internet
Apesar do que aconteceu, estou com você. Espero que fique bem. Se cuida.
ResponderExcluirBeijo! Andinho
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