quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

LUTO

A nossa cultura nos diz que a alegria constante é especial.
Olho ao meu redor, penso na imensidão do espaço, e não consigo reconhecer outra coisa no ser humano que seja tão dedicado ao prazer.
Nós nos perdemos na busca contínua do prazer, nos esquecemos que desejo, necessidade e vontade não são a mesma coisa.
Aprendemos que quando nos sentimos um pouco infelizes devemos ingenuamente rezar, racionalmente ir a um psicólogo, psiquiatra (ou os dois) para tomarmos a pílula do esquecimento, ou a pílula da alegria, imprudentemente e ilicitamente usar drogas ou licitamente tomar uma bebida que nos dê prazer.
A pergunta é quem quer sofrer?
Somos uma cultura que detesta sofrimento, e que tem medo dele. Não estou dizendo "vamos curtir um sofrimento". prefiro mil vezes a aprender com alegria.
A Alegria é uma grande mestra, mas o desespero também.
O Assombro é um grande mestre.
A Esperança é uma grande mestra.
Mas a Desilusão também.
E A Vida é uma grande mestra, mas a Morte também!
Negar-se algum desses-qualquer aspecto- é não experimentar a vida.
Não conhecemos o valor do dinheiro, o valor da doença, o valor da fome.
Não compreendemos o valor da dor.
Não compreendemos o valor da Morte.
Poderíamos nos tornar pessoas internamente mais exepcionais, grandiosas, se nos permitíssemos aprender com esses sentimentos. mas, temos medo do desconhecido, da solidão, da incerteza, existe a insistência em viver apenas a superficialidade do mundo.
Eu? Vou ali aprender com o LUTO.

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