Hoje estou com traços característicos do estar/reconhecer a crise.
Ela me inunda e me alivia como a chuva ao cair da tarde.
Sinto fogo dentro de mim.O meu demônio não me deixa domá-lo.
Sinto fogo e frio ao mesmo tempo.
Entro em qualquer cômodo e olho para cima, procurando o melhor local para pendurar minha corda e me enforcar
Sinto como se houvesse mais para ver, semear, colher e o culpado disto tudo é meu corpo que me retêm.
A pele queima, a palavra queima, a escrita alivia.
Gosto da crise é quando não ajo é quando me reconheço, é quando vejo minha irmã a loucura que me arrebata, a sensações indeléveis.
Quero falar sobre algumas coisas, mas o tempo é curto.
A 1º é que "essas palavras que escrevo me protegem da completa loucura" C. Bukowski.
A 2º é que lembrei-me então de um texto de Hannah Arendt, que fala sobre a amizade, está no livro Homens em tempos sombrios, houve um dramaturgo ,Gotthold Ephraim Lessing, crítico de arte dedicado a estética que viveu na Alemanha no século 18, e foi nele que ela se baseou para escrever o que vou escrever abaixo.
Lessing afirmava que o lugar da verdade era onde as pessoas podem, cada qual, dizer às demais o que “acha que é verdade”, frase que, lembra Arendt "é praticamente impossível na solidão"poder efetivamente cada um dizer o que “acha que é Verdade.Para autora, tanto une como separa os seres humanos, estabelecendo aquelas distâncias (entre as pessoas) que, juntas, compreendem o mundo.
Nesse espaço intermediário, no qual cada pessoa se sente livre e confortável para poder dizer em confiança ao amigo “o que acha que é verdade”, é que se constitui verdadeiramente a amizade, constituindo o mundo em sua humanidade e propiciando a busca conjunta da verdade.Por isso qualquer doutrina ou princípio que tentasse barrar a possibilidade de amizade entre dois seres humanos corresponderia a eliminar as possibilidades da pluralidade e, assim, a eliminar o mundo.
Ao lembrar que Lessing permitiu entender “a relevância política da amizade” (Arendt, 1987, p.31), Arendt afirma que “a humanidade se exemplifica não na fraternidade, mas na amizade; que a amizade não é intimamente pessoal, mas faz exigências políticas e preserva a referência ao mundo [...]”. A ênfase na fraternidade seria ênfase no mesmo, no homogêneo, reduzindo a pluralidade à singularidade. Porque não busca a identificação de um com o outro, que só interessa à esfera privada, da amizade tomada em sentido mais íntimo e afetivo, a amizade, nesse sentido político, permite a manutenção da diferença e da diversidade, fomentando o diálogo e o debate em campo público. Por isso, a amizade,nesse sentido político, pode ser considerada a base da humanização do mundo e da democracia, não exigindo concordância e homogeneidade, mas, ao contrário, possibilitando abertura para a pluralidade,que se manifesta no diálogo em confiança e na busca da verdade pelo debate.
Assim entendo este espaço e é por isso que exponho “o que acho que é verdade”neste blog. É por isso que os reverencio com palavras não muito agradáveis de serem lidas.Aqui é meu canto da verdade.Ou da mentira se a mentira estiver disfarçada da verdade.
Os meus pensamentos estão rápidos demais e meus olhos estão lacrimejados demais ...
Algumas pessoas estão comigo, mas o poder de decisão é meu e é por isso que sinto essa dor que é só minha e de mais ninguém...o mundo está cheio mas estamos sozinhos.É bom saber que existe um lugar em nós mesmos onde nos encontramos com ninguém.
Ela me inunda e me alivia como a chuva ao cair da tarde.
Sinto fogo dentro de mim.O meu demônio não me deixa domá-lo.
Sinto fogo e frio ao mesmo tempo.
Entro em qualquer cômodo e olho para cima, procurando o melhor local para pendurar minha corda e me enforcar
Sinto como se houvesse mais para ver, semear, colher e o culpado disto tudo é meu corpo que me retêm.
A pele queima, a palavra queima, a escrita alivia.
Gosto da crise é quando não ajo é quando me reconheço, é quando vejo minha irmã a loucura que me arrebata, a sensações indeléveis.
Quero falar sobre algumas coisas, mas o tempo é curto.
A 1º é que "essas palavras que escrevo me protegem da completa loucura" C. Bukowski.
A 2º é que lembrei-me então de um texto de Hannah Arendt, que fala sobre a amizade, está no livro Homens em tempos sombrios, houve um dramaturgo ,Gotthold Ephraim Lessing, crítico de arte dedicado a estética que viveu na Alemanha no século 18, e foi nele que ela se baseou para escrever o que vou escrever abaixo.
Lessing afirmava que o lugar da verdade era onde as pessoas podem, cada qual, dizer às demais o que “acha que é verdade”, frase que, lembra Arendt "é praticamente impossível na solidão"poder efetivamente cada um dizer o que “acha que é Verdade.Para autora, tanto une como separa os seres humanos, estabelecendo aquelas distâncias (entre as pessoas) que, juntas, compreendem o mundo.
Nesse espaço intermediário, no qual cada pessoa se sente livre e confortável para poder dizer em confiança ao amigo “o que acha que é verdade”, é que se constitui verdadeiramente a amizade, constituindo o mundo em sua humanidade e propiciando a busca conjunta da verdade.Por isso qualquer doutrina ou princípio que tentasse barrar a possibilidade de amizade entre dois seres humanos corresponderia a eliminar as possibilidades da pluralidade e, assim, a eliminar o mundo.
Ao lembrar que Lessing permitiu entender “a relevância política da amizade” (Arendt, 1987, p.31), Arendt afirma que “a humanidade se exemplifica não na fraternidade, mas na amizade; que a amizade não é intimamente pessoal, mas faz exigências políticas e preserva a referência ao mundo [...]”. A ênfase na fraternidade seria ênfase no mesmo, no homogêneo, reduzindo a pluralidade à singularidade. Porque não busca a identificação de um com o outro, que só interessa à esfera privada, da amizade tomada em sentido mais íntimo e afetivo, a amizade, nesse sentido político, permite a manutenção da diferença e da diversidade, fomentando o diálogo e o debate em campo público. Por isso, a amizade,nesse sentido político, pode ser considerada a base da humanização do mundo e da democracia, não exigindo concordância e homogeneidade, mas, ao contrário, possibilitando abertura para a pluralidade,que se manifesta no diálogo em confiança e na busca da verdade pelo debate.
Assim entendo este espaço e é por isso que exponho “o que acho que é verdade”neste blog. É por isso que os reverencio com palavras não muito agradáveis de serem lidas.Aqui é meu canto da verdade.Ou da mentira se a mentira estiver disfarçada da verdade.
Os meus pensamentos estão rápidos demais e meus olhos estão lacrimejados demais ...
Algumas pessoas estão comigo, mas o poder de decisão é meu e é por isso que sinto essa dor que é só minha e de mais ninguém...o mundo está cheio mas estamos sozinhos.É bom saber que existe um lugar em nós mesmos onde nos encontramos com ninguém.
como mesmo disse no final do post, vc tem que ser soberana nas suas decisões, mas saiba (e eu sei que sabe) que estou contigo...
ResponderExcluirBeijos amor!