
Eu tenho um texto enorme de psicologia para fichar, mas como já disse outras vezes, quando tenho que escrever, tenho a sensação de estar entalada quase sem respirar, tenho sentido este estado de solidão muito aparente, olho ao redor para ver se encontro alternativas que podem me nortear, serviços que poderia me voluntariar para me sentir mais útil, e ver se encontro o valor que não me dou, mas não encontro...e não tenho acreditado muito nestes serviços sociais.
Um amigo fez meus olhos realmente se encherem de lágrimas quando me disse que eu não posso desistir de trabalhar socialmente, porque na comunidade dele não existe ninguém que estude academicamente para investir de uma forma ou outra na melhoria dos seus.
Estou exatamente pensando porque que quando estou indo para um momento de crise depressiva dou valor a estes serviços? E a resposta é simples.
Lembrei-me de uma conversa que tive com outro grande amigo, a respeito do filme Ensaios sobre a cegueira, aquele, baseado no livro de Saramago,e chegamos a mesma conclusão, dentro de todo rico enredo, muito salutar para o meu caso que trabalhei com deficientes visuais, existe algo que só pode ser “visto”sutilmente no filme.
A protagonista era a única que enxergava e se sentia o máximo para todos, no final do filme quando as pessoas voltam a enxergar ela diz estar se sentindo cega, ou seja, sem valor.Como muito bem me lembrou o Renée; Em terra de cego quem tem olho é rei.
Perfeito. E preciso desintegrar nossa conclusão do filme para me dar a resposta a minha pergunta anterior.
O personagem do filme estava adorando servir as pessoas, porque em outro caso ela não teria a atenção que teve, mesmo no caos, se a atenção for para a gente, ficamos bem.
Bingo!
Não é incorreto eu dizer que não desisto de mim no auge da doença porque tenho nestas horas onde exercer minha vaidade, justamente nos projetos sociais, entenderam?
Não é porque sou boazinha, nem altruísta, é porque me sentindo útil eu me curo, esta idéia faz menção ao que acredito: O ser humano não é divino, é de a nossa natureza humana ser mais individualista, o que comprova a frase do Hobbes quando o mesmo diz que o homem é lobo do próprio homem, só acrescento que o lobo maior esta dentro de nós.
Está neste certo e errado que minha consciência grita.
Estes fatores estão interligados ao Id e tem muito haver com a bipolaridade. Mas, estenderia demais este texto se fosse falar disto, e enfim já devem estar fadigados (se é que tem um corajoso que lê estas linhas).
Um amigo fez meus olhos realmente se encherem de lágrimas quando me disse que eu não posso desistir de trabalhar socialmente, porque na comunidade dele não existe ninguém que estude academicamente para investir de uma forma ou outra na melhoria dos seus.
Estou exatamente pensando porque que quando estou indo para um momento de crise depressiva dou valor a estes serviços? E a resposta é simples.
Lembrei-me de uma conversa que tive com outro grande amigo, a respeito do filme Ensaios sobre a cegueira, aquele, baseado no livro de Saramago,e chegamos a mesma conclusão, dentro de todo rico enredo, muito salutar para o meu caso que trabalhei com deficientes visuais, existe algo que só pode ser “visto”sutilmente no filme.
A protagonista era a única que enxergava e se sentia o máximo para todos, no final do filme quando as pessoas voltam a enxergar ela diz estar se sentindo cega, ou seja, sem valor.Como muito bem me lembrou o Renée; Em terra de cego quem tem olho é rei.
Perfeito. E preciso desintegrar nossa conclusão do filme para me dar a resposta a minha pergunta anterior.
O personagem do filme estava adorando servir as pessoas, porque em outro caso ela não teria a atenção que teve, mesmo no caos, se a atenção for para a gente, ficamos bem.
Bingo!
Não é incorreto eu dizer que não desisto de mim no auge da doença porque tenho nestas horas onde exercer minha vaidade, justamente nos projetos sociais, entenderam?
Não é porque sou boazinha, nem altruísta, é porque me sentindo útil eu me curo, esta idéia faz menção ao que acredito: O ser humano não é divino, é de a nossa natureza humana ser mais individualista, o que comprova a frase do Hobbes quando o mesmo diz que o homem é lobo do próprio homem, só acrescento que o lobo maior esta dentro de nós.
Está neste certo e errado que minha consciência grita.
Estes fatores estão interligados ao Id e tem muito haver com a bipolaridade. Mas, estenderia demais este texto se fosse falar disto, e enfim já devem estar fadigados (se é que tem um corajoso que lê estas linhas).
gosto de te ver por aqui.
ResponderExcluiragora consigo entender bem melhor o que você está sentindo... quero te ajudar não sei de que forma, mas quero.
e é pra ser chato mesmo que repito que estou com você pra qualquer coisa sério mesmo.
me leve com você pra onde você for! rsrs
Beijão!
Poxa Anderson...muito obrigada por compartilhar comigo, entendimento e informações tão salutares!Nunca duvidei que você estivesse comigo em qualquer situação... Você me ensinou a sentir esse relacionamento se entregando da forma que faz à ele.
ResponderExcluirMuitissímo Obrigada.
não preciso de muita coragem pra ler tuas linhas... posto que com elas eu torno-me mais palpável, com menos devaneios... esta tuar dor, digamos assim, é, acredito, parte de um amadurecimento... faz parte do cultivo da nossa capacidade de ilusão, a nossa capacidade de tornar o mundo cada vez mais habitável... é difícil, afinal, faz parte da natureza humana aquele processo onde uma maçã sã jamais contamina outras podres... a não ser com o persistente pingo da ilusão... pingo este que é exatamente o espaço entre o dedo de Deus e do homem no afresco de michelangelo... bjs linda...
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